TOXICOLOGIA OCUPACIONAL - DB TOXICOLÓGICO

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

09/08/2019 12:25

Maior controle dos níveis de agentes químicos na indústria brasileira

Uma das metas da OMS para 2030 é reduzir o número de mortes por intoxicação relacionadas a produtos químicos. Aqui no Brasil há uma preocupação muito grande quanto às indústrias, que eventualmente podem expor seus funcionários ao contato com produtos químicos altamente tóxicos.

Indústrias nos setores de alimentos; automobilística; baterias; borrachas; colas, plásticos e resinas; construção civil; petroquímica; metalúrgica; química; e têxtil, trabalham com variados produtos químicos que podem intoxicar os trabalhadores expostos. Os mais conhecidos são: Chumbo, mercúrio, alumínio e zinco presentes em quase todos os setores industriais citados acima. A identificação desses produtos no organismo pode ser feita por meio da coleta de urina ou sangue, dependendo do agente químico que se deseja identificar.

“Meta 3.9: Até 2030, reduzir substancialmente o número de mortes e doenças por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do ar e água do solo.” (OMS)

Toxicologia ocupacional no Brasil

O caso mais famoso no Brasil foi o da cidade de Santo Amaro da Purificação, cidade no interior da Bahia com cerca de 61.407 habitantes segundo dados do IBGE. O município ficou conhecido como A Chernobyl Brasileira, devido aos seus altos níveis de chumbo remanescentes no solo. Um estudo da UFBA, de 2011 identificou a cidade como a mais contaminada por chumbo do mundo. A grande responsável por isso foi a COBRAC (Companhia Brasileira de Chumbo, posteriormente denominada Plumbum Mineração e Metalurgia Ltda.), que, no período de 30 anos despejou mais de 400 mil toneladas de rejeitos contaminados no solo e na água, mesmo após quase 3 décadas cessadas as atividades industriais na região, permanecem sob os efeitos da intoxicação sobre o ambiente e população local.

A intoxicação por chumbo pode causar danos no cérebro, coração, sistema digestivo, sistema nervoso e nos rins.

Além de intoxicação por contato ou ingestão como esta, é preocupante também a intoxicação por compostos inalados, pois gases tóxicos são partículas extremamente finas e quando inalados podem se alojar nos pulmões, além de ir para a corrente sanguínea, prejudicando outros órgãos.

Indústrias do segmento do metal, por exemplo, que realizam soldagens, apresentam altos índices de fumos e gases tóxicos, altamente prejudicial à saúde e qualidade de vida dos trabalhadores destas indústrias, por isso o uso de EPI’S e EPC’S  são fundamentais na rotina de trabalho.

A fim de monitorar e minimizar intoxicações crônicas e agudas em atividades laborais, a Norma Reguladora nº7 da Portaria nº 24 da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, de 29 de dezembro de 1994, estabeleceu níveis biológicos para o controle de exposição a agentes químicos.

O que diz a lei??

PORTARIA N.º 24, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994.

Art. 1º - Aprovar o texto da Norma Regulamentadora n.º 7 (NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL) – EXAMES MÉDICOS, que passa a ter a seguinte redação:

7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

7.2.2 O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho.

7.2.3 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.

Para atender integralmente e contribuir com qualidade à legislação, o DB conta com um setor exclusivo de toxicologia ocupacional e análises instrumentais, com um menu completo e exames complementares que estão de acordo com a NR – 7.

Além de um moderno espaço com equipamentos de cromatografia líquida, cromatografia gasosa, ICP-MS e espectrofotometria, conta ainda com uma equipe técnica especializada em toxicologia ocupacional, para realizar a interpretação dos resultados.

Além de atendimento e assessoria científica específica para atender casos de toxicologia.

REFERÊNCIAS

https://www.diarioliberdade.org/brasil/320-consumo-e-meio-natural/16336-a-chernobyl-brasileira.html

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5676:organizacao-mundial-da-saude-divulga-novas-estatisticas-mundiais-de-saude&Itemid=843

http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr7.htm

http://redsang.ial.sp.gov.br/site/docs_leis/st/st13.pdf